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quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

CONJURAÇÃO MINEIRA - UM CRIME DE LESA-PÁTRIA

21 de abril de 1789

 

CONJURAÇÃO MINEIRA

 

UM CRIME DE LESA-PÁTRIA

 

Dr. Domingos Vidal Barbosa Lage.

 

UM BRASILEIRO A SERVIÇO DA NAÇÃO HEGEMÔNICA.

 

Primeira Operação Brother Sam.

 

As famílias Vidal Barbosa Lage e Oliveira Lopes entrosam-se, por repetidas uniões de casamento desde o século XVIII com a família Ayres Gomes. Os Vidal Barbosa Lage tiveram um representante ilustre na Conjuração Mineira, Domingos Vidal Babosa. Os Vidal Barbosa Lage, por seu turno, ligam-se por parentesco aos Oliveira Lopes que participaram igual­mente da Conspiração Mineira, através do Coronel Francisco Antonio Lopes e seu irmão Padre Francisco de Oliveira Lopes. Os Vidal Barbosa Lage foram fundadores de Juiz de Fora e ali exerceram durante cerca de um século con­siderável influência política, econômica e social. Um de seus descendentes, foi o grande Mariano Procopio Ferreira Lage, pioneiro do moderno rodoviarismo nacional. Outro, Manuel Vidal Barbosa Lage tornou-se durante muito tempo, o chefe conservador do município. Com a projeção social, política e econômica de seus integrantes, os Vidal Barbosa Lage, ligam-se às principais famílias do Estado, constituindo uma das células aristocráticas da "gens mineira". Cid Rabelo Horta – “Famílias  governamentais  de  Minas Gerais”, página 69 – 2º Seminário de Estudos Mineiros.

 

O Professor, Historiador e Genealogista Armando Vidal Leite Ribeiro, autor do primeiro livro de nossa família, editado em 1959 e primo de meu avô, Sylvio Antunes Baptista Leite, teve um parente colateral na Conjuração Mineira, Domingos Vidal Babosa, que nasceu em 1761. Natural da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Caminho do Matto, conforme declarou em seu depoimento na devassa da Inconfidência e batizado na Capela de Santo Antonio, no sítio da família em Juiz de Fora, MG, onde haviam sido balizados seus irmãos Francisco e José. Condenado como Conjurado foi banido para a ilha de São Thiago onde faleceu em fins de agosto ou princípios de setembro de 1793 de febre intermitente no Convento de São Francisco, cerca de oito meses depois de chegar. Em Ouro Preto, no Museu da Inconfidência, na sala dos Inconfidentes figura o nome de Domingos Vidal Barbosa ao lado de seus primos irmãos, Padre José Lopes de Oliveira e Coronel Francisco Antonio de Oliveira Lopes, mas, nos jazigos que cercam a referida placa, três lajes não contêm gravado nenhum nome. Uma delas é a destinada aos restos mortais de Domingos Vidal Barbosa Lage, os quais, por fato inconcebível depois de entregues a um Cônsul Brasileiro em Dakar, foram extraviados, segundo suposição, na Alfândega do Rio de Janeiro. Domingos Vidal Barbosa Lage estudou primeiramente em São João d'El-Rey e posteriormente no Rio de Janeiro indo a seguir estudar medicina em Montpellier na França, onde se formou médico cirurgião. Conheceu Joaquim José da Maia que também estudava medicina na mesma escola e que viria a tomar a iniciativa de entrar em conversa com Thomas Jefferson a 2 de outubro de 1786, quando Jefferson era Ministro dos Estados Unidos na França, ou seja, Embaixador. Domingos, na verdade, não se avistou com o Ministro americano. Estudantes brasileiros ambos em Montpellier podem e devem ter conversado entre si sobre o pedido de apoio americano, mas o único a se avistar com Thomas Jefferson foi Joaquim José da Maia. O escritor norte americano John dos Passos, quando visitou o Brasil, preparou uma conferência sobre este assunto e como era uma das poucas pessoas mais autorizadas e documentadas sobre Thomas Jefferson, escreveu a biografia deste escravocrata, que levou suas escravas para Paris, e com elas teve vários filhos. Esse é Thomas Jefferson, o “Pai da Pátria”, claro, dos Estados Unidos da América. Na conferência relatou minuciosamente, através da correspondência oficial do Ministro ao Departamento de Estado tudo quanto ocorrera desde a carta recebida a 2 de outubro de 1786 e assinada por Joaquim José da Maia com o pseudônimo Vindek. A correspondência posterior e o encontro, em lugar que não provocasse atenção, realizado em Nimes, depois da troca de várias cartas, em março de 1787 na “Maison Carré”, que Thomas Jefferson desejava estudar detalhadamente. De tudo deu o Ministro conhecimento ao Departamento de Estado, informando a Joaquim José da Maia não estar autorizado a falar sobre assunto tão delicado, e que embora os Estados Unidos da América quisessem conservar o comércio e amizade com Portugal, e o povo americano não pudesse ajudar, poderia, contudo, estar interessado numa revolução cheia de sucesso no Brasil. As conversas com Thomas Jefferson referidas no Brasil por Domingos Vidal Barbosa foram a causa de se ver envolvido na Conjuração Mineira, sua condenação e morte no banimento. Muita coisa foi escrita a respeito de Domingos Vidal Barbosa e Thomas Jefferson e o Ministro americano. Foi publicado no Dicionário Bibliográfico Português em 1840, no volume II, página 202 o seguinte texto: “Sabia-se de certo que Vidal frequentava assiduamente a casa daquele Ministro com outros mancebos seus compatriotas que pelo mesmo tempo estudavam em Paris”. Sacramento Blake, no Volume II de seu Dicionário publicado em 1894, mas redigido antes de 1883, publicou no Volume I, o seguinte: “Durante sua estada na França cultivou a amizade do ministro dos Estados Unidos em Paris, amizade que conservou de volta à pátria, e só por causa dessas relações, talvez, foi acusado de cumplicidade na conspiração denominada da inconfidência, como tendo inteligências com o referido ministro relativamente à conspiração”. Domingos Vidal Barbosa foi envolvido no processo pela declaração inicial de seu primo-irmão Coronel Francisco Antonio de Oliveira Lopes, não partindo, assim, de Domingos qualquer declaração inicial quanto às conversas na França ou da denúncia do Tenente-coronel Silvério dos Reis, da qual nada consta a respeito. A atuação de Domingos Vidal Barbosa na Conjuração Mineira foi objeto de vários estudos e referências. Não foi ele quem mencionou a ação de Joaquim José da Maia cuja atividade tanto assustara ao Visconde de Barbacena, foi o Coronel Francisco Antonio Lopes de Oliveira quem inicialmente aludiu às relações de Domingos na França. Domingos foi ouvido duas vezes na Cadeia de Vila-Rica além das primeiras informações verbais prestadas ao Visconde de Barbacena e o relato escrito logo a seguir, por ordem do mesmo, no qual silenciou o nome de Manuel Ignácio, o que tantas suspeitas levantou em torno de sua sinceridade. Depondo em 8 de agosto de 1789 declarou conhecer “José Joaquim da Maia, filho de um pedreiro que queria fazer-se um outro Mr. Franklin”. Joaquim José da Maia teve a infelicidade de falecer em Lisboa quando tentava voltar ao Brasil. O autor do Dicionário Bibliográfico Português, Inocêncio, escreveu cinquenta anos depois da Conjuração Mineira, as intimidades de Domingos Vidal Barbosa com Thomas Jefferson, relações estas que teriam continuado mesmo depois de sua volta ao Brasil. Domingos Vidal Barbosa foi condenado pela sentença do Tribunal de Alçada à morte pela forca, sem esquartejamento, mas confiscados seus bens e declarado infame por si, filhos e netos, mas teve a pena comutada para degredo por dez anos na ilha de São Thiago, arquipélago de Cabo Verde. Partiu do Rio de Janeiro para Lisboa na fragata “Golfinho” e daí para Ribeira chegando em janeiro de 1793. Foi bem recebido pelo Governador Francisco José Teixeira Carneiro, e, especialmente, pelo secretário do governo, o brasileiro, Dr. João da Silva Feijó. Com ele ficaram os degredados José Rezende Costa, pai e filho, futuro Conselheiro Rezende Costa. De junho de 1789 até falecer em fins de 1793 esteve recolhido às prisões de Vila Rica, Ilha das Cobras, Fortaleza da Conceição e Cadeia Velha onde recebeu a sentença de condenação. A família de Domingos sendo muito influente, especialmente o então Sargento-Mor José Vidal Barbosa e seu irmão Dr. Antonio Vidal Barbosa prestaram apoio a Domingos Vidal Barbosa Lage que disso teria conhecimento e também recebia informações sobre o andamento do processo. Deve-se o fim da Conjuração Mineira ao Tenente-coronel Joaquim Silvério dos Reis, que teve o patriotismo de denunciar a conspiração da Capitania de Minas nos primeiros meses de 1789, quando tiveram início as numerosas prisões e interrogatórios de testemunhas, suspeitos e conspiradores. Talvez sem este gesto, o Brasil seria invadido pela potência hegemônica e não existiria, sendo todo retalhado e transformado em um monte de “republiquetas” como as existentes na antiga colônia espanhola na América do Sul.  

 

Bibliografia: LEITE RIBEIRO, Armando Vidal. Família Vidal Leite Ribeiro, RJ, 1959.

 

 


Um comentário:

bashyaeastlick disse...

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