CORONEL ANDRÉ JACOME DA PAZ
Bisavô de José Silvio Leite Jacome
A assinatura na primeira página de André Jacome é de seu neto o Advogado André Fernandes Silva Jacome, nascido em 13 de dezembro de 1913 e falecido em 10 de novembro de 1983, pai de José Silvio Leite Jacome, Presidente do Instituto Cultural Barão de Ayuruoca.
O Coronel ANDRÉ JACOME DA PAZ, nascido em 30 de novembro de 1847 na
cidade de Campo Maior, no Estado do Piauí, na Fazenda “Passagem da Negra”, e
falecido em Sobral, Ceará, em 16 de julho de 1910. Casou com IGNACIA DE
OLIVEIRA LOPES, casada passou a se chamar IGNACIA DE OLIVEIRA JACOME, filha do
Coronel da Guarda Nacional FRANCISCO LOPES FRANGO, meu trisavô. Deste casamento
nasceram 7 filhos, mas só possuo o nome de cinco: Tenente Dr. Jacome Pompeo,
Dr. José Jacome de Oliveira, meu avô, Dona Maria Jácome, Dona Luzia Jacome e
Dona Iza Jacome. O meu bisavô, ANDRÉ JACOME DA PAZ, era Coronel formado pela
Escola Militar do Ceará e combatente da Guerra do Paraguay. Nasceu em 30 de
novembro de 1847 na cidade de Campo Maior, na Fazenda “Passagem da Negra”, no
Estado do Piauí e faleceu em Sobral em 16 de julho de 1910; estudou em Campo
Maior, Teresina e Caxias, indo depois para Sobral no Ceará; dedicou-se à
política, porém a uma política sã e intransigente. Foi abolicionista convencido
e fazia de tudo para libertar um escravo, sendo um dos responsáveis pelo fim da
escravidão no Ceará em 1884; Foi Juiz de Paz e depois Deputado Provincial em
1886 a 1888, pelo Partido Liberal, onde se destacava pela sua elocução. Com o
advento da República, o Partido Liberal de que fazia parte, ficou à margem da
política e assim acompanhou no ostracismo os amigos leais, pois era
simpatizante da Monarquia. Colaborou nos Jornais “O Cearense” e no “O Estado”.
Esforçou-se no progresso de Santa Quitéria, auxiliando a construção do antigo
mercado e ajudou financeiramente a Matriz da Cidade. A Revista “Almanaque do
Norte”, lhe prestou homenagem em 1916, “enaltecendo suas virtudes cívica e
filantrópica, pois além de um espírito culto e elevado, possuía em alto grau
uma crença inabalável. O Coronel André Jacome da Paz era filho de MARIA JACOME
e de JOSÉ JOAQUIM DA PAZ. Dona Maria Jacome era de Pernambuco, onde sua família
tem diversos membros em destaque no comércio e em cargos públicos e nas
ciências. Podemos citar o Desembargador Altino de Araújo; o médico Dr. Edgar
Altino; o médico Dr. Epaminondas Jacome; o poeta Gonçalo Jacome; o tesoureiro
da Caixa Econômica do Recife, Enéas Jacome; e o banqueiro Eliseu Jacome. O
Coronel JOSÉ JOAQUIM DA PAZ, cearense, natural do sertão de Munbaça e sobrinho
do Padre Antonio Manoel de Souza, companheiro de Pinto Madeira, vogal do
Governo Provisório, criado para a Província do Ceará no movimento
revolucionário de Icó, em 16 de dezembro de 1822 e Deputado à Assembleia
Nacional Constituinte em 1823.
Barão de Studart em 16 de junho de 1910: “Faleceu o Coronel André Jacome
em sua fazenda Monte Sinai, Município de Santa Quitéria. Representou papel
saliente na política da antiga Província.
João Brígido noticiando o falecimento: “Faleceu em Santa Quitéria ao
cabo de longos padecimentos, este cidadão notável, que foi parte grande da
geração que se vai extinguindo. Era uma das entidades de valor do Ceará, homem
de grande mérito, de capacidade e saber”.
Fez seus estudos secundários no Liceu Cearense, e tirou provisão de
Advogado. Era seu filho José Jácome de Oliveira, autor do “Dicionário Popular”,
editado na tipografia d’A cidade, jornal de Santa Quitéria, e o primeiro livro,
ali publicado, com 2ª edição do Rio de Janeiro.
Barão de Studart
Amigo do Coronel André Jacome da Paz
Guilherme Chambly
Studart, Barão de Studart, foi um médico, historiador e vice-cônsul do Reino
Unido no Ceará.
Nascimento: 5 de janeiro de 1856, Fortaleza,
Ceará.
Falecimento: 25 de setembro de 1938, Fortaleza,
Ceará, aos 82 anos.
Alma Mater: Liceu do
Ceará, Faculdade de
Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia.
Filho de John William Studart, comerciante e primeiro vice-cônsul
britânico no Ceará, e de Leonísia de Castro Barbosa Studart. Pelo lado paterno,
era sobrinho de José Smith de Vasconcelos, primeiro barão
de Vasconcelos. Pelo lado materno, era bisneto de Joaquim José Barbosa e de João Facundo de Castro Meneses.
Fez os primeiros estudos no Ateneu Cearense, transferindo-se,
posteriormente, para o Ginásio Bahiano. Matriculou-se, em 1872, na Faculdade de Medicina da Bahia,
onde formou-se em 1877.
Exerceu, durante muitos anos, a atividade médica, principalmente no Hospital de
Caridade de Fortaleza.
Participou ativamente do movimento abolicionista no Ceará,
como um dos membros da Sociedade Cearense Libertadora. Discordando dos meios
defendidos por esta, desliga-se para fundar, ao lado de Meton de
Alencar, o Centro Abolicionista 25 de Dezembro, em 1883.
Católico militante, dedicou-se à caridade e à filantropia. Como
reconhecimento, o então bispo do Ceará,
D. Joaquim Vieira, solicitou a outorga do título
de barão da Santa Sé, concedido, em 1900, pelo Papa Leão XIII.
Logo depois da morte do pai, em 1878, herdou o título de
vice-cônsul britânico no Ceará.
Autor de inúmeros trabalhos nas áreas de Medicina,
línguas (Elementos da Gramática Inglesa, 1888), Geografia e
biografia. Foi na História, entretanto, que ele se destacou, publicando mais de
uma centena de textos, entre artigos e livros, abordando, especialmente, a
História do Ceará. Suas obras são, ainda hoje, essenciais para o estudo da
matéria.
Sua batalha foi para que a memória do Ceará não se perdesse. Lutou e
conseguiu desenvolver vários trabalhos, hoje fonte de pesquisas para vários
historiadores do Brasil e de vários países. Uma de suas frases, proferidas
diante de amigos e considerada a mais importante para muitos, foi quando já
cansado pelos anos disse:
Inicio hoje a publicação dos
documentos relativos à vida do Brasil Colônia: vejo assim realizado um dos mais
queridos projetos. Do que me pertence faço de bom grado, partilharem os amantes
da história pátria, tendo como certo que eles encontrarão algum subsídio
aproveitável ao cabedal que há anos vou acumulando e ora lhes é ofertado. A
este volume muitos outros se seguirão, se as forças, já tão alquebradas mo
consentirem.
Foi membro de inúmeras instituições, destacando-se a Academia Cearense de Letras, o Instituto do Ceará, o Centro Médico Cearense, o Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro, o Instituto Geográfico e Histórico da
Bahia, o Instituto
Histórico e Geográfico Pernambucano, o Centro Literário, o Instituto
Histórico e Geográfico de Santa Catarina, o Instituto Histórico e Geográfico de
São Paulo, o Instituto Histórico e Geográfico
Paraibano, o Instituto
Histórico e Geográfico Fluminense, a British Medical Association, a Sociedade de Geografia de
Paris e a Sociedade de Geografia de Lisboa.
Uma importante avenida de Fortaleza foi nomeada em homenagem ao Barão de
Studart.
Um vídeo-documentário sobre a vida do historiador foi produzido
pela TV Assembleia.
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